A “Fundação Manuel Pinto da Costa para o Desenvolvimento”, existe há mais de 10 anos, mas só na última semana tornou-me mais conhecida no seio do público. Por ocasião do septuagésimo oitavo aniversário do seu patrono, Manuel Pinto da Costa, por sinal actual Presidente da República, foi organizada uma corrida pedestre. Mais de 200 jovens tomaram parte na prova que percorreu 16 quilómetros, e que teve meta e partida na praça da independência na capital São Tomé.
Gil Quintas, atleta que tem arrebatado vários prémios nas provas de atletismo cortou a meta no primeiro lugar. «Estou satisfeito é fruto de muito trabalho. Treino todos os dias. O percurso foi bom, e o meu adversário mais directo não foi muito forte», declarou o vencedor da prova masculina.
Mulheres também correram, e Jamila Tavares, foi a vencedora. Ganhou um frigorífico no valor de 20 milhões de dobras. «Espero que a fundação realize a corrida em todos os anos. A corrida foi forte. Quem sabe agora que tenho uma geleira a minha zona venha a ter energia», afirmou a atleta que vive no interior do distrito de Mé-Zochi.
O patrono da Fundação, também queria entrar na corrida, mas uma gripe, o afastou. «A gripe não me permitiu, caso contrário estava preparado para espantar todo a gente», assegurou Manuel Pinto da Costa.
A corrida pedestre foi o meio utilizado par dar a conhecer a existência da Fundação, que a mais de 10 anos actua discretamente na sociedade são-tomense. «Estou convencido que muita gente nem sabia que esta organização existia. Existe e tem tido algumas acções, como bolsas de estudo, e envio pessoas para reciclagem no estrangeiro. Ainda no ano passado enviou-se umas dezenas de pessoas para China Popular, deu bolsas da China e de outros países. Mas só que a Fundação é discreta», explicou.
Uma discrição que segundo Pinto da Costa, visa separar o trigo do joio. Separar o que é de interesse social da matéria política. «Aqui normalmente tudo que se faz tem-se a tendência de confundir essas actividades com actividades de caracter político e propagandístico. Eu sei fazer a diferença entre as duas coisas», esclareceu o patrono da Fundação Manuel Pinto da Costa.
Abel Veiga