Manuel Pinto da Costa, originário da cidade de São Tomé, emerge como uma figura notável, cuja trajetória de vida enraíza-se profundamente na comunidade. Sua humilde origem em Budu Budu é um testemunho marcante da simplicidade que permeou sua infância, sendo forjado pela resiliência diante dos desafios desde tenra idade.
A residência modesta em Budu Budu não apenas serviu como local de nascimento, mas também como alicerce para os valores que fundamentaram a vida de Pinto da Costa. Seus pais, Maria de Sacramento Pinto e Manuel Espírito Santo Costa, desempenharam papéis fundamentais, transmitindo-lhe valores sólidos e um profundo apreço pelas raízes culturais de São Tomé e Príncipe.
Essa origem humilde não apenas contribuiu para a formação de sua personalidade, mas também influenciou seu compromisso posterior com a igualdade, justiça social e o desenvolvimento inclusivo de São Tomé e Príncipe.
Entre os anos de 1944 e 1950, Pinto da Costa frequentou a Escola Dona Maria Jesus para sua educação primária. Posteriormente, entre 1950 e 1955, ingressou em uma fase crucial de sua trajetória educacional ao frequentar o seminário em Luanda.
Os anos entre 1955 e 1959 testemunharam sua dedicação educacional ao completar os três ciclos do 7o ano no Liceu Portugalia, em Portugal. Em 1960, dedicou 20 dias ao serviço militar, marcando uma fase adicional em sua jornada.
Após deixar Portugal, Pinto da Costa estabeleceu-se na Alemanha Ocidental, onde, na renomada Universidade Humboldt (Humboldt Universität, Berlim), obteve uma licenciatura e doutorado com distinção acadêmica notável.
Em 1972, Pinto da Costa emergiu como uma figura proeminente ao ser convidado para o congresso do MLSTP, sendo eleito Secretário-Geral do partido. Sua influência
crescente culminou em 1975, quando assumiu a histórica posição de primeiro presidente da República de São Tomé e Príncipe, desempenhando um papel crucial nos primeiros anos após a independência do país.
Após sua eleição como Secretário-Geral do MLSTP em 1972, Pinto da Costa desempenhou um papel crucial na liderança do partido durante um período de luta intensa pela independência de São Tomé e Príncipe. Sua transição para a presidência em 1975 foi marcada por desafios significativos, incluindo a consolidação de um Estado recém-independente. Sua liderança foi caracterizada por esforços para estabelecer instituições sólidas e enfrentar questões econômicas e sociais.
Em 1980, Manuel Pinto da Costa alcançou uma distinção notável ao receber o título Doutor honoris causa em Berlim, um reconhecimento que reflete sua excelência acadêmica e contribuição excepcional para a sociedade. Essa honraria acrescenta um capítulo significativo à sua trajetória, evidenciando não apenas sua notável carreira política, mas também seu destacado desempenho acadêmico e reconhecimento internacional.
Ao longo de seu mandato como presidente, Pinto da Costa manteve relações internacionais, buscando apoio para o desenvolvimento de São Tomé e Príncipe. Sua dedicação à estabilidade e ao progresso do país permaneceu evidente ao longo de sua presidência.
Após sua renúncia em 1991, Pinto da Costa continuou a desempenhar um papel ativo na política são-tomense, participando de momentos cruciais na vida pública do país. Sua contribuição para a história política de São Tomé e Príncipe é reconhecida como parte integrante da construção da nação após a independência.
Além de sua notável carreira política, Pinto da Costa deixou sua marca na esfera acadêmica. Seus feitos acadêmicos na Alemanha Ocidental evidenciam sua dedicação ao conhecimento e à educação.
Após décadas de serviço dedicado, Manuel Pinto da Costa permanece uma figura respeitada em São Tomé e Príncipe. Sua atuação não apenas na política, mas também em questões sociais e educacionais, destaca-se como um exemplo de liderança e comprometimento com o progresso do país.
Ao longo dos anos, Pinto da Costa testemunhou transformações significativas em São Tomé e Príncipe, desde os primeiros dias pós-independência até as mudanças sociais e econômicas mais recentes. Sua presença contínua na esfera pública reflete um compromisso duradouro com o bem-estar e o desenvolvimento da nação.
Em 2011, Pinto da Costa fez um retorno notável à presidência de São Tomé e Príncipe, em resposta aos desafios contemporâneos, demonstrando a confiança renovada do povo são-tomense em sua liderança experiente.
Seu segundo mandato presidencial, iniciado em 2011, testemunhou Pinto da Costa enfrentando novos desafios, impulsionando esforços para a estabilidade e o desenvolvimento contínuo do país. Seu retorno à presidência deixou uma marca duradoura na história política de São Tomé e Príncipe.
Em 2012, Pinto da Costa estabeleceu a Fundação Manuel Pinto da Costa: Para o Desenvolvimento , demonstrando seu compromisso contínuo com o desenvolvimento, educação e bem-estar em São Tomé e Príncipe. A fundação implementa projetos voltados para a educação, saúde, desenvolvimento comunitário e outros setores cruciais.
O legado de Manuel Pinto da Costa, tanto como líder político quanto como fundador da Fundação Manuel Pinto da Costa: Para o Desenvolvimento, representa uma contribuição significativa para São Tomé e Príncipe. Sua vida é uma narrativa de liderança, dedicação ao progresso e um exemplo duradouro de serviço à nação.